De onde vem a "Lanterna dos Afogados", título de clássico dos Paralamas do Sucesso?

 

A banda brasileira Os Paralamas do Sucesso é responsável por músicas que se tornaram clássicos imortais do Rock brasileiro. Uma dessas músicas é a bela e tocante "Lanterna dos Afogados", que é faixa de "Big Bang", quinto disco de estúdio do grupo liderado por Herbert Vianna, lançado em novembro de 1989

"Lanterna dos Afogados" é um título marcante, mas, de onde veio esse nome? O termo veio de um capítulo do livro "Jubiabá", escrito por Jorge Amado e publicado em 1935. O capítulo em questão fala sobre o bar (fictício) chamado Lanterna dos Afogados, localizado no Porto de Salvador (Bahia), como informa o jornalista Júlio Ettore, em vídeo publicado no seu canal do Youtube.

De acordo com Júlio, o bar que deu origem ao título do hit dos Paralamas "representa o sofrimento e a solidão dos excluídos e angustiados da sociedade. Por isso o Herbert constrói a letra do ponto de vista de alguém que está lá no bar e está oferecendo um ombro amigo."

Autor de "Lanterna dos Afogados", Herbert Vianna precisou de pouco tempo para escrever uma de suas obras mais famosas. Em entrevista à revista Vinho Magazine, o cantor e compositor detalhou como criou o clássico do Rock nacional.

"Certa vez, saí com minha namorada pra jantar. Sentei na moto, ela começou a conversar, mas pedi para que ela não falasse mais nada, porque estava com a melodia e a letra na cabeça. Quando chegamos ao restaurante, em Ipanema, o garçom veio saber o nosso pedido. ‘Papel e caneta, rápido’, foi o que eu pedi. Naqueles dez minutos de moto, da minha casa até o restaurante, a música foi composta", disse Herbert.

Agora que você sabe um pouco mais sobre "Lanterna dos Afogados", é hora de curtir esse grande som.

Marco Antunes diz que Andre Matos tentou tirar Kiko Loureiro e Luis Mariutti do Angra

 O músico Marco Antunes, que foi baterista da banda brasileira de Power Metal Angra entre 1991 e 1993, concedeu entrevista ao programa Ibagenscast. Durante a conversa, que foi ao ar na última quarta-feira (21 de fevereiro), Marco afirmou que o falecido vocalista Andre Matos tentou tirar o guitarrista Kiko Loureiro e o baixista Luis Mariutti do Angra.

Marco, que foi até a Alemanha para gravar "Angels Cry" (primeiro disco do Angra), mas acabou sendo substituído, contou que ele e o guitarrista Rafael Bittencourt conseguiram segurar Kiko e Luis na banda.

"Heroicamente, eu e Rafa seguramos Mariutti e Kiko na banda. Porque nem os dois eram para estar na banda. Já no começo, antes do primeiro disco. Inclusive, a ficada do Kiko foi uma operação de guerra, que incluiu a minha irmã. Era um ensaio que a gente ia começar tarde nesse dia (...) O Andre estava muito disposto a tirar o Kiko, decidido", disse Marco, que também falou sobre o comportamento de Andre na época.

"Enfim… o Andre tinha muito dessa insegurança, entendeu? O Andre tinha muita insegurança. Ele tinha muito medo de ser traído, sacaneado, de [a banda] não dar certo por algum motivo."

Por fim, Marco voltou a falar sobre a "operação" que manteve Kiko Loureiro e Luis Mariutti na banda.

"Chegou um momento que a gente percebeu que a gente não controlava mais o Andre, ali, quando ele quis tirar o Kiko pela primeira vez. Ele quis tirar o Kiko três ou quatro vezes. Uma das vezes, junto com o Luis. Enfim, ali, quando a gente teve que fazer uma operação de guerra com a minha irmã, [pedir] pra ela atender a porta, pra ela não deixar o Kiko tocar a campainha, pro Andre não ir lá, pra eu e o Rafa conversar com o Kiko antes (...). Cara, foi uma operação de duas horas pro Kiko não sair da banda, que envolveu a família, na porta de uma casa. Isso é ridículo."

No fim das contas, Kiko Loureiro e Luis Mariutti foram mantidos no Angra e participaram da gravação de "Angels Cry", primeiro disco do grupo, lançado no dia 3 de novembro de 1993.